domingo, 23 de outubro de 2011

* Nada mudou, mas tudo

O Mundo ~ I Tarocchi del Rinascimento ~ Fonte: Albideuter.de

Às vezes, por demais até, tento controlar o incontrolável. Talvez seja orgulho da minha parte, sei disso. Não admitir que sou apenas uma pessoa comum, presa ao vai-e-vem da Fortuna. E, dada a minha natureza, acredito que a reação nem sempre é muito saudável.

Reavaliando pontos-de-vista. Creio que esse meu ano tem me ensinado isso. Em determinados aspectos, aprendi bem e continuo seguindo promovendo transformação. Mas, no que tange principalmente à presença de outras pessoas, as dificuldades são reais. O mundo dos relacionamentos não é fácil, seja a nível profissional, pessoal, social, amistoso ou afetivo. Cada pessoa é um desafio, é uma esfinge, é um mistério a ser desvendado e, conforme o desafio, reajo em busca das respostas.

Mas tem horas que tudo o que quero é poder deitar em um leito gramado, o chão acolchoado e acolhedor da Terra. Poder encarar o pôr-do-sol, deixar as memórias boas do dia seguirem seu rumo e olhar para um céu que me inspire ao anoitecer, um céu estrelado, para viajar na esperança de alcançar meus sonhos, enquanto olho As Estrelas.

Eu ainda tenho pouco a dizer. Muito a sentir. Muito a expressar. Mas as pequenas experiências, os pequenos gestos, devem ser vivenciais. Sentidos na Alma. Para que minha Alma me mostre o sentido.

E hoje é o que venho fazer. Uma música de pôr-do-sol. De olhar um céu estrelado. De esperar para que a vida mostre seu caminho, descortine a estrada e rezar à Deusa para que minhas pernas permaneçam fortes e prossigam caminhando. Quero deixar de ser Atlas e tentar carregar O Mundo comigo. Apenas para vivê-lo, como ele é, por si mesmo. Comunhão.

Assim, sou pão, sou paz, sou mais. Gratidão, à Alma, pela jornada. E por cada uma das pessoas que cruza o meu caminho, como verdadeiros Mestres, sempre aprendo. E sigo aprendendo.


Soy pan, soy paz, soy más



"Soy Pan, Soy Paz, Soy Más" ~ Versão de Mercedes Sosa & Piero ~ Original: 1981 ~ Composição: Piero De Benedictis ~ Tradução: Letras.com.br


Yo so-o-oy, yo so-o-oy, yo so-o-oy
Eu sou, eu sou, eu sou
soy agua, playa, cielo, casa, planta,
sou água, praia, céu, casa, planta,
soy mar, Atlántico, viento y América,
sou mar, Atlântico, vento e América,
soy un montón de cosas santas
sou um monte de coisas santas
mezcladas con cosas humanas
misturadas com coisas humanas
como te explico... cosas mundanas.
como posso dizer... coisas mundanas.

Fui niño, cuna , teta, techo, manta,
Fui menino, berço, peito, teto, cobertor,
más miedo, cuco, grito, llanto, raza,
e medo, bicho-papão, grito, choro, raça,
después mezclaron las palabras
depois mesclaram as palavras
o se escapaban las miradas
ou escapavam-se os olhares
algo pasó... no entendí nada.
algo aconteceu... não entendi nada.

Vamos, decime, contame
Venha, me diga, me conte
todo lo que a vos te está pasando ahora,
tudo o que está lhe acontecendo agora
porque sino cuando está el alma sóla llora
porque senão quando fica a alma sozinha, chora
hay que sacarlo todo afuera, como la primavera
tem que pôr tudo pra fora como faz a primavera
nadie quiere que adentro algo se muera
ninguém quer que lá dentro alguma coisa morra
hablar mirándose a los ojos
falar olhos nos olhos
sacar lo que se puede afuera
pôr tudo que puder pra fora
para que adentro nazcan cosas nuevas.
para que nasçam dentro coisas novas.

Soy, pan, soy paz, sos más, soy el que está por acá
Sou pão, sou paz, és mais, sou o que está por aqui
no quiero más de lo que me puedas dar, uuuuuuh
não quero mais do que possas dar-me
hoy se te da, hoy se te quita,
hoje te dão, hoje te tiram,
igual que con la margarita... igual al mar,
que nem se faz com a margarida... igual ao mar,
igual la vida, la vida, la vida, la vida...
igual à vida, a vida, a vida, a vida...

Vamos, decime, contame
Venha, me diga, me conte
todo lo que a vos te está pasando ahora,
tudo o que está lhe acontecendo agora,
porque sino cuando está el alma sóla llora
porque senão quando fica a alma sozinha, chora
hay que sacarlo todo afuera, como la primavera
tem que pôr tudo pra fora como faz a primavera
nadie quiere que adentro algo se muera
ninguém quer que lá dentro alguma coisa morra
hablar mirándose a los ojos
falar olhos nos olhos
sacar lo que se puede afuera
pôr tudo que puder pra fora
para que adentro nazcan cosas nuevas. (BIS)
para que nasçam dentro coisas novas

cosas nuevas, nuevas, nuevas . . . nuevas
coisas novas, novas, novas... novas

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Um comentário:

Katharina Dupont disse...

Somos nós, todos gratos por você dividir conosco as expressões da sua Alma, ao vermos como ela está refrescada e em paz, nos sentimos em paz também

Deitemos todos juntos para ver as Estrelas!